terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aniversários













Memórias

Gosto do leite materno
Lembrado
Recato

Aroma do bolo
Recheio baunilha
Toalha de renda

Vestido de organza
Salto alto, valsa
Sorrisos

Aniversários
Brancas e doces
Memórias

Regina Romeiro
20.08.2008

domingo, 24 de agosto de 2008

Paixão









Paixão
Regina Romeiro

Doce de ver
Tua foto
Doce de ler
Teus poemas

Doce se torna
Teu aroma
No meu
Cálice

Na áspera língua
Brinde
Sabor agridoce

Publicado no Recanto das Letras em 13.08.2008
código do texto: T1126837
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1126837

Pensamento







Posse
Regina Romeiro
Ter posse da força é detê-la com desprendimento

Concepção bailarina




Concepção bailarina
Regina Romeiro

Na minha concepção bailarina
Achava-me preparada
Para o grande espetáculo da vida
Lancei-me repleta de brilhos e paetês
Volteei , voei, contorci-me,
Aos olhos alheio não sendo amada
A arte se fez imagem deformada

Incertos
















Com as chaves certas na mão
Não acerta
Nada é certo
Para incertos

Regina Romeiro


sábado, 23 de agosto de 2008

Dores










O amor sem fim está em mim
Nas dores que mantém as quedas
Nem tudo são flores
Mas podem ser de amores as pétalas


Regina Romeiro

Pulmão















No meu colo
Meu amigo
Um deus do amor
Respira
Que dure e permaneça
A paz do peito
Dele e meu

Regina Romeiro





terça-feira, 22 de janeiro de 2008





arte_de_Massimo Gurciullo


Buscando verdades
Regina Romeiro


Ele chegou como andarilho guardando segredos no bornal
Ela acreditou que eram poesias de amor
E aguardou uma após a outra
Serem retiradas e lançadas

No meio das noites ele abria o que ela achava ser relicário
Pela manhã ela recolhia as quimeras
Ele continuava construindo o falso mundo
Ela sempre acreditava e aceitava

Até que ela entendeu serem falsos personagens
Cabeças retiradas de estatuetas
Braços de estantes de bibliotecas
Jogos comprados em papelarias e montados como quebra-cabeças

Ela notou que eram todos juntados de decepados
Neste instante as mensagens desmoronaram
E ela se encolheu, sentindo-se em um cômodo fechado
Ladeada de livros despencados

Agora ela é que se faz andarilha
Na procura da verdadeira poesia
As mãos já não vedam as pálpebras
Mas se fazem pedintes na busca do mundo das verdades
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/828156

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ao amor poema de Regina Romeiro









Dirce Assis Cavalcante, Daja, obra, roupas no varal




Taça de vinho frisante
Cerejas... viagem...
Brinde ao amor
Camisola flutuante
Sentimento vibrante
Os poros em flor
Exalando vontades
Sem meias verdades
Sem falso pudor
É assim que se entrega
Ao homem querido
Que mexe e remexe
Na alma invadindo
É loucura expandindo
Sem perder a razão
Completando carícias
Construindo caminhos
Desenhando...
E de maneira tão linda
Amor tatuando...