arte_de_Massimo Gurciullo
Buscando verdades
Regina Romeiro
Ele chegou como andarilho guardando segredos no bornal
Ela acreditou que eram poesias de amor
E aguardou uma após a outra
Serem retiradas e lançadas
No meio das noites ele abria o que ela achava ser relicário
No meio das noites ele abria o que ela achava ser relicário
Pela manhã ela recolhia as quimeras
Ele continuava construindo o falso mundo
Ela sempre acreditava e aceitava
Até que ela entendeu serem falsos personagens
Até que ela entendeu serem falsos personagens
Cabeças retiradas de estatuetas
Braços de estantes de bibliotecas
Jogos comprados em papelarias e montados como quebra-cabeças
Ela notou que eram todos juntados de decepados
Ela notou que eram todos juntados de decepados
Neste instante as mensagens desmoronaram
E ela se encolheu, sentindo-se em um cômodo fechado
Ladeada de livros despencados
Agora ela é que se faz andarilha
Agora ela é que se faz andarilha
Na procura da verdadeira poesia
As mãos já não vedam as pálpebras
Mas se fazem pedintes na busca do mundo das verdades
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/828156
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Um comentário:
Querida Regina,
Lindo poema!!
bom domingo a você,
beijos
Andréa
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