quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nada


foto de Guilherme Santos



Nada
Regina Romeiro

Nada a reescrever, nada
Apenas há o encerrar do dia o entrar da noite
O escuro pronto
Para o encontro do nada

Não nado mais
Nem mesmo me largo nas ondas
A maré me largou na variação
Da lua e do sol – eclipse

Deixei de ser
Nadadora de ondas salgadas
Navegante de doces águas
Receptora do calor do sol e namorada em noites de lua

Deixei para trás, encalhado
O barco do amor
Penas dispersas no céu lastimam
Eu expio

Não reflito, não lembro, não espero

Um comentário:

disse...

Achei seu blog...Que legal!
E adorei seu poema "Nada"...
A cada dia que passa você espalha mais emoção com seus versos redondinhos!
E mexe comos neurônios da gente para acompanhar sua filosofia...
Você vai fundo nas emoções. Vale a pena!
Beijos
Regina Reis