sábado, 22 de maio de 2010
obra de arte de Pietro Annigoni
Meretriz
Regina Romeiro
Usava saia de lamê vermelho sangue
Justa, posta
Curta metragem
Chamaram-na de puta
Ela muda
De calçada, pensando mudar a fama
De lama
Nas mentes doentes
Ela insanamente
Pensava essa possibilidade
Vista como libertina quando assim se vestia
Ia como manda a caftina
Meretriz sim. Por dinheiro vendera liberdade
De dar-se por amor
De beijar, de sentir, ir e vir
Satirizada assim doía-se
Da falta do travesseiro, sonhos
Melhores dias, peito vazio de afagos
Caminhava muda, fazia-se de surda
E passava...
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